quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Mina Braúna investe em tecnologia amigável ao meio ambiente

Sistema empregado na planta de beneficiamento é capaz de recuperar aproximadamente 97% da água de processo
 NORDESTINA, BAHIA  A Mina Braúna, propriedade da Lipari Mineração em Nordestina/BA, será a primeira mina de diamantes da América do Sul desenvolvida em depósito kimberlítico, a fonte primária do diamante. O empreendimento também será a primeira mina de diamantes a implementar tecnologia para disposição de rejeito com baixa umidade em pilha, eliminando assim a necessidade de dispor o material em uma barragem de rejeitos.

 Para tanto, a empresa instalou um sistema de recuperação de água em sua planta de beneficiamento – que tem capacidade de processar 100 t/h de kimberlito –, capaz de recuperar aproximadamente 97% da água de processo, permitindo a recirculação da água na planta e reduzindo a necessidade de captação de água nova, cuja fonte é o rio Itapicuru. O rejeito gerado durante o processo de recuperação de água, constituído exclusivamente de minerais finos de kimberlito britado, será agregado ao rejeito de maior granulometria e então transportado para a pilha de estéril situada próxima à cava da mina.
 “Nós investimos nesta tecnologia porque é benéfica ao meio ambiente e respeita as características da região onde o empreendimento está inserido. Importamos um equipamento da Alemanha que nos permite recuperar mais de 97% da água usada no processamento do minério kimberlítico, reduzindo consideravelmente a captação de água necessária à operação”, afirma o presidente da Lipari Mineração, Ken Johnson.
 O executivo explica como se dá o processo: “A recuperação da água do rejeito fino da planta nos permite produzir um rejeito com baixa umidade, o que significa que não precisamos dispor a lama, fração fina do kimberlito, em uma barragem de rejeitos. Essa tecnologia é revolucionária no tratamento de rejeitos de mineração e muito mais amigável ao meio ambiente em relação às tradicionais barragens de rejeitos”.
 Sobre o empreendimento
A Mina de Diamantes Braúna está em fase final de construção e o comissionamento da planta de beneficiamento terá início em janeiro próximo. A mina irá processar mais de 720.000 toneladas de kimberlito por ano, nos 8 anos iniciais de operação como mina a céu aberto. A expectativa é que o empreendimento traga um impacto significativo na produção de diamantes no Brasil, aumentando a produção anual do país para mais de 300.000 quilates em relação ao nível de produção atual, de 50.000 quilates.

Ariluz Fernandes

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