Cerca 12 mil pessoas atendidas e 1.500 cirurgias de
catarata realizadas. Esse foi o balanço, em Juazeiro, do programa Saúde sem
Fronteiras. Para constatar o sucesso da iniciativa, o secretário de Relações
Institucionais, Josias Gomes, e o secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas,
visitaram o município no sábado (21).
O titular da Serin afirmou ter ficado
impressionado com a ação. "É uma experiência extraordinária para quem não
é da área. Fico muito feliz em ver que a ampliação dos serviços da Secretaria
da Saúde cria um estímulo para que as pessoas exijam mais os seus direitos.
Além disso, o programa é uma prova que o Sistema Único de Saúde (SUS), mesmo a
despeito da crise econômica que o país atravessa, avança nos seus compromissos
e demonstra que quem quer trabalhar, e faz com carinho, permite que o povo seja
bem atendido", afirmou Josias Gomes durante o evento em Juazeiro.
Segundo o secretário da saúde do Estado, Fábio
Vilas-Boas, esta foi a primeira vez que a Sesab reuniu as quatro estratégias do
programa em um só lugar. Foram ofertados serviços na área de oftalmologia
(consultas, exames e cirurgias), odontologia, exames de mamografia, e doação de
sangue.
"Vamos replicar esta ação em outros municípios,
pois conseguimos em uma semana concentrar e atender a população de toda a
região, ofertando serviços reprimidos, a exemplo da cirurgia de catarata",
afirma Vilas-Boas.
O aposentado e morador da zona rural de Casa Nova,
Pedro Lino, 66 anos, foi um dos beneficiados pelo programa. "Estou aqui
porque minha mulher voltou a enxergar depois da cirurgia e eu também quero essa
maravilha pra mim", disse Lino.
Inovação – A comitiva do titular da pasta da
Saúde ainda aproveitou para visitar a fábrica da Moscamed, empresa de
biotecnologia que produz mosquitos aedes aegypti geneticamente modificados e
estéreis. "Temos a convicção de que estratégias alternativas de combate ao
mosquito devem ser estimuladas, pois ele se tornou a principal ameaça à saúde
pública do país, visto que é vetor de transmissão da dengue, chikungunya, e
zika", ressalta Fábio Vilas-Boas.
Ele complementa, ainda, que essas doenças estão
supostamente relacionadas ao aumento do número de casos da síndrome de
Guillain-Barré e microcefalia, sobretudo, no Nordeste. Atualmente a fábrica tem
capacidade de produzir de 4 a 5 milhões de mosquitos por semana, o que é
suficiente para controlar uma área do tamanho da cidade de Jacobina.
Uma das possibilidades, segundo o secretário
da Saúde do Estado, é investir na ampliação da planta a fim de atuar nas
principais cidades da Bahia com epidemia de dengue, chikungunya ou zika.
Hospital Regional – Durante
a visita ao município, o secretário de saúde foi ao Hospital Regional de
Juazeiro, unidade 100% SUS do estado e que há seis meses está sendo
administrado pela Associação de Proteção à Infância e à Maternidade (APMI).
“Estive aqui no início do ano e o hospital
estava em franco processo de restrição de atendimentos, insatisfação tanto dos
médicos, residentes, como pacientes, decidimos então trocar a empresa gestora e
após a APMI ter assumido, é evidente o grande processo de melhora não só na
quantidade de serviços realizados, mas da qualidade do atendimento à população,
e os indicadores de satisfação dos pacientes e funcionários”, pontua o
secretário.
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