Rui disse ainda que, em toda a Bahia, mesmo nas cidades onde não há UTI, os baianos não ficaram desassistidos. “Nós colocamos UTI aérea para buscar os pacientes e trazer inclusive para Salvador. Então, na Bahia, não houve pacientes sem UTI, mesmo nas cidades onde os leitos estavam 100% ocupados”. Ele também explicou que o Estado fez uma opção de não investir em hospitais de campanha nem em testes rápidos. “Nós preferimos investir em estruturas que ficariam permanentes para o sistema de saúde”.
Sobre a Rede de Saúde, o governador
informou que o Hospital do Oeste, em Barreiras, está recebendo uma ala de
cardiologia, de alta complexidade, e outra de oncologia. “No hospital de Irecê
já estamos implantando a área de hemodinâmica, que está em 40% [de conclusão],
e estamos concluindo a licitação da unidade de câncer. Teremos a colocação
desses dois serviços no hospital de Irecê”. Em Senhor do Bonfim, além da UPA e
da policlínica que já estão em funcionamento, há a previsão de entrega para 10
de agosto da primeira etapa da reforma e ampliação do hospital, "que está
concluída e significa os primeiros 20 leitos de UTI para a cidade, sendo 10
adultos e 10 infantis”.
Segundo Rui, o Governo do Estado entrega
ainda nesta semana a ampliação do Hospital de Juazeiro, com mais 20 leitos.
“Também em Juazeiro, será inaugurada a Unidade do Tratamento de Oncologia, com
o Hospital do Câncer”. Sobre a situação da pandemia em Juazeiro, o governador
afirmou que houve grandes oscilações, momentos com maior e momentos com menor
taxa de contaminação, e que a proximidade com Petrolina dificulta o controle.
Ele ressaltou que havia um compromisso da Universidade Federal do Vale do São
Francisco (Univasf) para abrir leitos de UTI. “O reitor conseguiu os
respiradores, mas o Governo Federal não permitiu a abertura desses leitos.
Então, tivemos que reforçar as UTIs do Estado no local".
Testes rápidos
Sobre os testes rápidos, Rui explicou
que o Governo do Estado distribuiu somente os que o Ministério da Saúde enviou,
porque apresentam uma margem de erro grande. “Pessoas contaminadas podem testar
negativo e essas pessoas vão encontrar com idosos, crianças, achando que não
estão doentes, mas contaminando outras pessoas”. Segundo ele, a Bahia reforçou
o volume de exames RT-PCR, padrão ouro na detecção do coronavírus. “Hoje, o
Estado tem a capacidade de fazer quatro mil testes RT-PCR por dia. Nós somos o
estado que mais testou no Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo, e estamos
mantendo esse ritmo”.
Atividade econômica
Rui lembrou que tem mantido reuniões
diárias com os prefeitos das cidades que estão apresentando casos da covid-19.
“A Bahia adotou, desde o início, ações por região e por cidades e não
recomendou uma uniformidade para todo o Estado, justamente para minimizar os
impactos econômicos destas medidas”.
De acordo com o governador, a orientação
do Estado é baseada na presença e na taxa de disseminação da doença. “A gente
vinha com uma taxa baixa de transmissão na Bahia, mas, com o São João, tivemos
um aumento em mais de 100 cidades baianas, algumas onde não havia nem casos
registrados. Eu imediatamente fiz reuniões com 116 prefeitos. Nós atuamos em
comum acordo e conseguimos reduzir as taxas de contaminação”.
Volta às aulas
Sobre a situação dos estudantes, Rui
comentou que, esta semana, mais de 750 mil recebem terceira parcela do
vale-alimentação. “Quando houver a certeza de que a taxa de contaminação está
declinando na Bahia, as aulas retornarão”. Informou também que tem feito pelo menos
duas reuniões por semana com a Secretaria da Educação para facilitar o processo
de volta às aulas. “Eu solicitei a revisão de banheiros, colocação de pias
extras, distribuidores de álcool em gel nas paredes, medidas de higiene para a
merenda escolar e um planejamento que passará a dividir as turmas em duas, para
termos no máximo 20 alunos por sala”.
O governador falou ainda sobre a
dificuldade de implantar o ensino à distância para a rede estadual. “Há lugares
onde é possível fazer educação via internet. Mas, em regiões com altos índices
de baixa renda, o problema é maior. Na Bahia, em muitos lugares, não temos
internet nem sinal de celular. E estamos ampliando as redes de celular, com o
programa Fala Bahia. Também já autorizei os diretores a contratar os provedores
locais no mínimo de 50 megas e no máximo 100 de internet, para usarmos a
tecnologia na retomada das aulas”.
Foto: Reprodução-Secom -
Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
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