Para
piorar, ainda não está claro quem é o líder político do governo que se
encarregará das negociações com os parlamentares para conseguir os votos
necessários para a aprovação do texto.
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Não está
definido se esse papel caberá ao líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo
(PSL-GO), ao ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz,
ou ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
CRIAÇÃO DE COMISSÕES E MUDANÇAS NAS REGRAS PARA
INATIVIDADE DE MILITARES
O
primeiro desafio para o trâmite da reforma é o de formação das comissões. O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enviou o texto para a CCJ
(Comissão de Constituição e Justiça), mas o colegiado ainda não tem presidente.
Além
disso, são necessárias a formação da comissão especial que analisará
a reforma e a definição do relator e do presidente. O deputado Mauro Benevides
Filho (PDT-CE), conselheiro econômico de Ciro Gomes (PDT-CE), é cotado para presidir o colegiado.
VOTAÇÕES NO PLENÁRIO DA CÂMARA EXIGEM
QUÓRUM QUALIFICADO DE 308 VOTOS
Para que
uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) seja aprovada no Congresso Nacional
são necessárias votações em dois turnos na Câmara e no Senado. Além disso, é
exigido um quórum qualificado.
Na
prática, significa dizer que são necessários 3/5 dos votos em cada Casa. Na
Câmara são 308 votos e no Senado outros 49. O líder Vitor Hugo afirmou que o
governo deve ter uma base parlamentar de 372 deputados.
Entretanto,
ele e os demais integrantes do governo têm evitado fazer qualquer estimativa de
quantos votos favoráveis a proposta receberá dos aliados.
PRESSÕES DA OPOSIÇÃO, DE CATEGORIAS CONTRÁRIAS
À REFORMA DA PREVIDÊNCIA E TRAIÇÕES
A
oposição na Câmara tem 140 deputados de diversos partidos, entre eles o PT, o
PCdoB, o PSB e o PDT. Entretanto, em um tema delicado como a reforma da
Previdência, traições da base aliada são recorrentes na história do
Legislativo.
O governo
ainda terá de combater notícias falsas contra a reforma e enfrentar o lobby de
servidores públicos federais, que são contrários às mudanças propostas pelo
governo.
Antonio Temóteo-Do UOL,
em Brasília
25/02/2019 04h00
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