Não é novidade para ninguém que a
segurança pública na Bahia vai de mal a pior. Aqui, 13 pessoas são assassinadas
por dia e a cada uma hora um carro é roubado. Coincidência ou não, a Bahia se
tornou o 8º estado mais violento do país e o número de homicídios cresceu
50,7% desde que o atual governador assumiu seu mandato.
Para completar esse triste repertório, o
jornal O Globo publicou uma matéria mostrando que a polícia baiana é uma das mais ineficientes do país. Segundo
a reportagem, a polícia só conseguiu solucionar 4,6% dos homicídios que
aconteceram no primeiro semestre de 2010. Enquanto outros estados apertam o
cerco contra a criminalidade, o governo da Bahia, com a vagareza que lhe é
peculiar, deixa os bandidos bem à vontade.
Um bom governo deve estabelecer
prioridades e trabalhar com firmeza para amenizar os dramas que afligem as
pessoas, como é o caso da insegurança. Mas, na atual gestão, as unidades de
polícia foram esquecidas e estão funcionando em condições precárias, a exemplo
da Polícia Militar, que tem efetivo
defasado em 17 mil homens.
Aliado a isso, está a baixa remuneração
salarial e uma
bonificação vergonhosa de R$ 50 para cada arma que os policiais
apreenderem. Ou seja, numa guarnição de quatro militares, cada um vai receber
R$ 12,50.
Em vez de capacitar nossos policiais e
oferecer salários mais dignos, o governador da Bahia prefere gastar mundos e
fundos com o espetáculo das propagandas, como fez nas instalações das duas
únicas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em bairros de Salvador neste ano.
Mesmo assim, o governo ainda anuncia com toda pompa que criará 12 novas UPPs em
2012.
Sinceramente, torço para que essas bases
comunitárias de segurança funcionem de verdade e ajudem a combater a violência
e o tráfico de drogas nas áreas mais críticas da cidade, afinal, essa também
era uma das minhas propostas de campanha.
Porém, as demais regiões do estado
também carecem de policiamento ostensivo de qualidade e enfrentamento mais
rigoroso à bandidagem.
Talvez o governador da Bahia ainda não
aprendeu que a segurança das pessoas é uma questão fundamental e que os baianos
têm pressa em ver uma terra mais desenvolvida e segura para viver.
Fonte: blog do Gedel
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