De acordo com Badaró, "no gráfico
dos casos oficiais no Brasil e no mundo, verificamos comportamentos diferentes.
A China teve milhares de casos em Wuhan, onde tudo começou. A Itália agiu igual
a Wuhan no início. Os Estados Unidos tiveram, devido à relação muito íntima de
tráfego aéreo com a China, milhares de infectados chegando ao país diariamente,
causando uma explosão de casos também. O Brasil tem a tendência da Coreia [do
Sul], que interviu ainda relativamente cedo".
Ainda segundo o infectologista, no
gráfico da Bahia, a projeção é inferior em número de casos e mortes, pois
iniciou o bloqueio logo de imediato ao surgimento de casos. “Estamos tendo
números inferiores ao previsto. O Governo do Estado agiu com austeridade,
contrariando o Ministério da Saúde, que orientou mal no início da chegada do
Covid -19 ao Brasil", afirmou. Neste domingo (29), a Bahia atingiu a marca
de 156 casos confirmados. A previsão era que o estado já tivesse superado 300
ocorrências neste momento.
Prevenção e ampliação da rede
Entre as medidas preventivas adotadas
pelo Estado estão o fechamento de todas as escolas públicas e privadas da Bahia
e a suspensão do transporte intermunicipal em cidades com casos confirmados. Em
paralelo às ações de contenção, a Bahia está fortalecendo sua rede de
atendimento.
Já foi autorizada pelo governador Rui
Costa a abertura de 500 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e
centros de triagem no interior. Em Salvador, além do antigo Hospital Espanhol,
o Estado já assegurou outros três novos locais de atendimento para casos em
investigação ou confirmados da Covid-19: o Hospital Geral Ernesto Simões Filho,
o Hospital Santa Clara e a Arena Fonte Nova, que juntos vão ofertar mais de 350
leitos.
Badaró também pontuou a importância do
novo Instituto Couto Maia (Icom) para o enfrentamento da doença. Inaugurada em
julho de 2018, a unidade é especializada em doenças infecto-contagiosas e desde
23 de março está atendendo exclusivamente pacientes com suspeita do novo
coronavírus. "O Couto Maia está preparado. Não há falta de leitos de UTI
neste momento, e não há faltas de unidades para atender os pacientes que,
porventura, venham a ser contaminados pela doença nessas primeiras semanas”,
acrescentou o médico.
Foto: Alberto Coutinho/GOVBA-Secom -
Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
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