Na manhã desta sexta-feira (13), o deputado
estadual Osni Cardoso entregou, em sessão especial realizada na Assembleia
Legislativa da Bahia (ALBA), o Título de Cidadão Baiano ao Bispo Dom Ottorino
Assolari, italiano que desde 2005 conduz a Diocese de Serrinha. A cerimônia
também foi de comemoração dos 90 anos da Procissão do Fogaréu, com entrega do
certificado de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado, elaborado pelo
Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac-Ba).
Na oportunidade, o pároco da Catedral de Serrinha e vigário geral, padre Rutemberg dos Santos, agradeceu a Osni por ter lutado para tornar a Procissão do Fogaréu um Patrimônio Imaterial e destacou o olhar social de Dom Ottorino: "Olhou para Serrinha não só como um bispo, mas como um pai".
Há 15 anos, Dom Ottorino chegou a Serrinha e
desde então tem realizado obras de grande impacto social no município e em
cidades vizinhas, como a Escola Teológica para Leigos, Criação da Cáritas
Diocesana, Escola do Menor, Centro Juvenil Santo Alessandro e a mais recente,
Lar da Serenidade, inaugurada em janeiro deste ano para abrigar idosos.Na oportunidade, o pároco da Catedral de Serrinha e vigário geral, padre Rutemberg dos Santos, agradeceu a Osni por ter lutado para tornar a Procissão do Fogaréu um Patrimônio Imaterial e destacou o olhar social de Dom Ottorino: "Olhou para Serrinha não só como um bispo, mas como um pai".
Representando o Arcebispo Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, o bispo auxiliar Dom Hélio Pereira dos Santos, agradeceu e parabenizou a iniciativa do deputado: "Com essa homenagem a Dom Ottorino, ganha o bispo, ganha a diocese, ganha Serrinha e ganha a Bahia. Esse é um gesto muito nobre, um gesto que engrandece".
Em seu discurso, o deputado Osni Cardoso justificou a concessão do título a Dom Ottorino, relembrando sua história de fé: "Comecei em Ichu, com padre Leopoldo, que fez muito por mim e por todos os outros que faziam parte da pastoral da juventude. Ele ensinou a gente a sonhar. Ele olhava a nossa realidade e dizia que a gente precisava ser mais que aquilo. Pagou nosso vestibular até a gente passar. E eu vejo isso em Dom Ottorino. A mesma bondade. Ele pensa nos idosos, nos jovens, acredita na educação de qualidade para todos. E ele faz isso com amor e quando a gente ama o que faz é diferente, é melhor. Eu sei que você ama a Diocese de Serrinha, eu sei que você ama o seu trabalho e por isso fico muito honrado em poder estar aqui e prestar essa homenagem. Agora eu digo, Dom Ottorino, o senhor é um baiano arretado de bom".
Dom Ottorino agradeceu a honraria e falou sobre sua dedicação ao social: "Essa é um predisposição natural, pois é um prolongamento e a extensão do mandamento do amor que nós cristãos devemos viver, principalmente eu, como bispo da igreja católica". O bispo destacou ainda a necessidade de Igreja e Estado andarem juntos: "Não somos antagonistas. Pelo contrário, somos chamados a dialogar e colaborar, inclusive porque temos a mesma missão: servir ao homem. Neste serviço que é a nossa missão, temos que dar prioridade aos que sofrem, aos marginalizados, aos que não têm dignidade. Temos que descobrir as emergências, as maiores necessidades do povo, encaminhado projetos para solucionar os problemas. Só assim para realizar o sonho de ter cidade sem violência e injustiças, mas que se distinguem pela boa convivência, pela tolerância, pelo respeito e pela paz".
Ainda em seu pronunciamento, Dom Ottorino também agradeceu pelo reconhecimento da Procissão do Fogaréu como Patrimonio Imaterial da Bahia. "É uma conquista que nos compromete a continuar e melhorar esta manifestação espiritual e folclórica", disse.
Presente na sessão, o diretor do Ipac, João Carlos Oliveira, reforçou o trabalho de quem luta para manter viva e valorizar sua cultura. "Aquelas pessoas em 1930 que realizaram a primeira procissão não imaginavam que estavam introduzindo uma lógica tão importante para a construção da cultura e da história da Bahia. E isso não teria o valor que tem se não fossem as pessoas, porque são através das pessoas que as tradições se fortalecem. Então é muito importante iniciativa como essa, de quem tem essa visão de preservar o que é nosso, lutando para tornar um patrimônio do estado e do país", declarou Oliveira.
Desde 30 de agosto de 2019, a Procissão do Fogaréu é oficialmente Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia por meio do decreto n° 19.200/2019 assinado pelo governador Rui Costa. O registro especial é fruto do esforço de Osni, que em 2013, ainda prefeito de Serrinha, protocolou a intenção de patrimonialização dessa celebração, reconhecendo a relevância religiosa, cultural e econômica do ato de fé para a cidade.
Assessoria de Comunicação do deputado estadual Osni Cardoso-Angela Natsumi
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