Tudo começou
na noite do dia 12 (domingo), quando o adolescente Oslan de Queiroz Ferreira, 15 anos
passava para uma das salas, onde estão os computadores e ao atravessar a porta
percebeu um aquecimento estranho vindo do solo. “Eu tirei a sandália e pisei no
chão e sentir que o piso estava quente, dai chamei o proprietário Rubenilson e
mostrei a ele que também ficou perplexo com aquilo”, relatou o estudante.
Logo a
notícia se espalhou e várias pessoas foram ver, de perto, o que estava
acontecendo. Cada visitante tinha uma teoria, um palpite. Havia aqueles que
achavam ser gás proveniente de decomposição de lixo, outros diziam ser águas
termais ou até petróleo. Já os técnicos preferiram apostar que o aquecimento
provinha de eletricidade.
O
mistério atraiu não apenas os munícipes, mas também a imprensa da Bahia. A TV
Itapoan afiliada a TV Record foi a primeira a visitar a cidade, logo na
terça-feira, e retornou no dia seguinte.
O
proprietário do estabelecimento solicitou a COELBA uma visita ao local. Na
visita, os técnicos
não identificaram problemas na rede elétrica. Como a situação continuava e até
piorava, houve um contato com os geólogos da MFB que desta vez confirmaram que
viriam à cidade e, assim, fariam uma análise para saber se o local poderia ser
aberto.
A emissora da
TV Band esteve na cidade pela manhã desta quinta (16) e, além de populares,
entrevistou um Engenheiro Ambiental que a pedido da Prefeitura Municipal foi à
Lan House. O Engenheiro levantou algumas hipóteses. Segundo ele, poderia ser
relacionado à energia ou gás metano, e ainda possibilidades remotas de serem
águas termais.
Por volta das
15h30min, a
equipe de Geologia da Mineração Fazenda Brasileiro (MFB), com quatro
profissionais, chegou à Barrocas e iniciaram vários testes feitos antes do
início da perfuração. Dois pedreiros começaram a quebrar o piso com muito
cuidado, pois se fosse gás, segundo os Geólogos, qualquer faísca poderia causar
uma explosão.
Conforme
a escavação se aprofundava a temperatura aumentava, e a terra que saiu do
local, de tão quente não dava para segurar. Algumas pedras também tinham temperatura
elevada. Um fio surge e alguns testes foram feitos, mesmo com a energia ligada
eles não continham carga.
Chegou-se a
descartar a hipótese de descarga elétrica, e amostras do solo começaram a ser
recolhidas pelos geólogos. Do profundo buraco saia um vapor muito quente. O
eletricista Hugo chegou a afirmar que não teria
como ser uma descarga elétrica. Em certo momento resolveu-se aumentar o
diâmetro do buraco, e o proprietário foi consultado e autorizou a escavação,
pois queria que o mistério chegasse ao fim e todos voltassem às suas
atividades.
Com a
ampliação do buraco encontrou-se uma haste de fio terra abaixo do segundo piso
do prédio e assim outra vez se cogitou a ligação com energia elétrica. A rede
que estava desligada foi religada e se confirmou que o calor emergia da haste
que, de alguma forma, vinha recebendo descarga.
Muitos
moradores que acompanharam o trabalho realizado na descoberta do aquecimento ficaram
“decepcionados”, pois sonhava com a transformação da cidade num pólo turístico
como o município de Caldas do Jorró (tucano), por suspeitarem que a temperatura
tivesse relação com águas termais.
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