Na Bahia, há um total de 986 crianças e adolescentes morando em casas de acolhimento e o Poder Judiciário da Bahia (PJBA) reconhece a importância da adoção e do apadrinhamento. Por isso, durante o mês de maio – conhecido como mês da adoção – promove a campanha Seja Ponte. O objetivo é divulgar matérias, e-mail marketing e cards nas redes sociais incentivando a iniciativa – tanto do apadrinhamento quanto da adoção.
Neste primeiro momento, o destaque vai para o apadrinhamento, que é direcionado para crianças e adolescentes que não têm mais pretendentes, que já foram esgotadas as possibilidades de adoção, conforme explica a Juíza Sandra Magali, da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Ilhéus. Geralmente, são menores acima de oito anos. E, pessoas da própria comunidade apadrinham, no sentido de ir nas festas de escola, levar para passear, e até mesmo passar as férias.
O apadrinhamento estimula as três modalidades de padrinhos: afetivo (faz visitas regulares – como os exemplos já mencionados), prestador (apoia com seu trabalho) ou provedor (dá suporte financeiro).
A Juíza Sandra Magali ainda destaca a importância do apadrinhamento na vida dessas crianças/adolescentes que têm baixa expectativa de adoção. “É extremamente importante porque é uma forma de minorar os impactos do acolhimento e permite que a criança tenha contato com pessoas e construam um vínculo de afeto”, frisa.
Além disso, a ação permite que esses escolhidos conheçam a dinâmica de uma família e participem de eventos da comunidade com alguém que é referência para ela. Ainda, dá a possibilidade de continuar o vínculo com o padrinho após sair da instituição.
“Para a pessoa que apadrinha é uma forma de se dispor, de ter
uma ação voluntária, de atender a alguém que necessita”, acrescenta a Magistrada.
Quem deseja se tornar um padrinho e mudar a vida de uma criança/adolescente, procure a Vara da Infância e Juventude da sua cidade. Cabe salientar que a prática está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O PJBA possui uma Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), que é responsável por articular ações na área da infância e juventude, coordenando a elaboração e execução de políticas públicas e tornando-se um canal de comunicação interno e externo com magistrados. Juízes e servidores que tiverem dúvidas sobre o processo de adoção ou apadrinhamento podem entrar em contato com a CIJ.
Seja um padrinho (a) e mude a vida de uma criança ou
adolescente!
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