A Bahia faz parte dos Estados que estão desenvolvendo procedimentos e fluxos para a emissão de documentação civil a pessoas pré-egressas do sistema penal, a partir do Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU). O Poder Judiciário da Bahia (PJBA) e a Secretária de Administração Penitenciária (Seap) estão juntos nesta iniciativa, que começou em maio de 2021.
“O PJBA serve como um agente facilitador
de busca das informações do SEEU dos apenados, que não têm documentação, e
remessa mensal dessa listagem à Seap. A Seap, com o fluxo interno já desenhado,
busca a emissão ou a geração de documento civil para o preso e alimenta o SEEU
com esses dados. No momento da soltura, o apenado receberá seus documentos”,
explica Antônio Faiçal, Juiz Colaborador do Grupo de Monitoramento e
Fiscalização do Sistema Carcerário do PJBA.
Criado pelo CNJ em parceria com o
Tribunal de Justiça do Paraná, a plataforma (SEEU) viabiliza a apreciação, no
tempo certo, dos benefícios prisionais, como progressões de regime, livramento
condicional, comutações e indultos; oferece a possibilidade de acesso digital
simultâneo aos autos e movimentações por meio de computadores, tablets ou
smartphones.
O SEEU atende a peculiaridades da área
de execução, como emissão de atestado de pena e de relatórios, visualização
gráfica de condenações, detalhamento do cálculo de pena e facilidade de gestão
de benefícios previstos na Lei de Execução Penal ou em decretos de indulto e
comutação.
“Conseguimos cada vez mais apurar a
identificação dos apenados, das pessoas que respondem a processos criminais, de
modo que evitamos equívocos com homônimos e ganhamos mais credibilidade no
nosso banco de dados”, frisa o Juiz Antônio Faiçal, sobre a importância desse
procedimento (expedição de documentos) para o Tribunal Baiano.
A Seap criou em março, por meio das
Superintendências de Ressocialização e de Gestão Prisional, um protocolo
operacional com diretrizes para racionalizar processos e otimizar resultados.
Além de formalizar uma matriz de responsabilidades com a listagem de recursos
humanos e materiais necessários, o protocolo traz um passo a passo com as
etapas de cada fase do procedimento e as unidades executoras.
“O protocolo é de suma importância,
pois, após o mapeamento dos processos com a identificação dos gargalos, a
criação e implantação deste protocolo vêm nos apoiando com a redução do tempo –
resposta das atividades que já haviam sido desenvolvidas nas unidades
prisionais”, disse Nestor Duarte, Secretário de Administração Penitenciária e
Ressocialização.
Segundo Nestor Duarte, a Seap “vem
investindo ao longo do tempo em ressocialização, em garantias de direitos, pois
não podemos falar em saúde, trabalho e educação sem documentação civil, direito
fundamental do indivíduo.”
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