sábado, 1 de dezembro de 2018

“Nunca quis preocupar a família com o trabalho”, diz irmão de agente morto após ataque em Presídio


O irmão do agente penitenciário Alexandro Rodrigues Galvão, de 36 anos, morto após ser atacado por detentos dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), situado no km 8 da BR-174 (Manaus – Boa Vista), neste sábado (1), lamentou a forma que o irmão morreu. Na porta do hospital para onde o agente foi levado, ele lembrou dos riscos que o irmão vivia ao trabalhar no presídio. Mesmo assim, “ele nunca quis preocupar a família com o trabalho”, disse.

Alexandro trabalhava há quatro anos como agente no presídio. Ele foi atacado por detentos, neste sábado, e esfaqueado com uma faca artesanal. Ele deixou dois filhos. Um de 20 e outro de 3 anos.
O pastor Raimundo Rodrigues, de 41 anos, irmão do agente penitenciário, lembrou que Alexandre sempre evitou, mesmo ciente dos riscos, preocupar a família quando o assunto era o trabalho dentro do Compaj, presídio que foi palco do maior massacre do sistema prisional do Amazonas.
"Ele já viu muita coisa nesses quatro anos que estava lá. Ele nunca quis preocupar a família com o trabalho dele. Apesar disto, nossa mãe sempre o avisava dos riscos, mas era o trabalho que ele tinha”, contou.
A família de Alexandre foi avisada por uma colega de trabalho da vítima, que conhecia os familiares, sobre a morte, por volta de 13h.
“Eu estava em casa, quando ela avisou. Ela mora perto da nossa casa, frequenta a igreja que sou pastor e trabalhava com ele. Ela tinha o meu número e me ligou. Agora estamos aqui, nesta situação”, lamentou o irmão do agente penitenciário. 








Fonte: g1.com

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