O irmão do agente penitenciário Alexandro
Rodrigues Galvão, de 36 anos, morto após ser atacado por detentos dentro do
Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), situado no km 8 da BR-174 (Manaus
– Boa Vista), neste sábado (1), lamentou a forma que o irmão morreu. Na porta
do hospital para onde o agente foi levado, ele lembrou dos riscos que o irmão
vivia ao trabalhar no presídio. Mesmo assim, “ele nunca quis preocupar a
família com o trabalho”, disse.
Alexandro trabalhava há quatro anos
como agente no presídio. Ele foi atacado por detentos, neste sábado, e
esfaqueado com uma faca artesanal. Ele deixou dois filhos. Um de 20 e outro de
3 anos.
O pastor Raimundo Rodrigues, de 41
anos, irmão do agente penitenciário, lembrou que Alexandre sempre evitou, mesmo
ciente dos riscos, preocupar a família quando o assunto era o trabalho dentro
do Compaj, presídio que foi palco do maior massacre do sistema prisional do
Amazonas.
"Ele já viu muita coisa nesses
quatro anos que estava lá. Ele nunca quis preocupar a família com o trabalho
dele. Apesar disto, nossa mãe sempre o avisava dos riscos, mas era o trabalho
que ele tinha”, contou.
A família de Alexandre foi avisada por
uma colega de trabalho da vítima, que conhecia os familiares, sobre a morte,
por volta de 13h.
“Eu estava em casa, quando ela avisou.
Ela mora perto da nossa casa, frequenta a igreja que sou pastor e trabalhava
com ele. Ela tinha o meu número e me ligou. Agora estamos aqui, nesta
situação”, lamentou o irmão do agente penitenciário.
Fonte: g1.com
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