O governo de Pernambuco investiga
os responsáveis por um vídeo publicado na internet em que dois homens, que
parecem presos, são obrigados a se beijar.
A filmagem teria sido feita em
uma delegacia de polícia. Um homem com uniforme de policial está ao fundo,
encapuzado.
Nas imagens, os dois homens, não
identificados, são segurados pelos supostos policiais, que fazem comentários
como "Que coisa linda" e insistem para que eles se beijem mais e
digam que se amam. Os presos, que também são chamados de "macacos",
obedecem às ordens constrangidos. Ao menos outros dois celulares gravaram a
cena.
O secretário de Defesa Social de
Pernambuco, Wilson Damázio, disse em entrevista coletiva que considera o vídeo
"bastante constrangedor". Ele afirmou, no entanto, que no universo de
policiais "um ou outro fato desagradável vai ocorrer". O secretário
prometeu apuração do caso, identificando quem participou e quando e onde o fato
ocorreu. Damázio disse ainda que os responsáveis podem ser punidos até com
demissão.
O presidente da OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil) de Pernambuco, Henrique Mariano, disse em nota considerar
"lastimável" que a polícia do Estado "dê exemplos de afronta aos
princípios elementares de direitos humanos, de civilidade e de respeito à
dignidade da pessoa humana".
Ele afirmou que as cenas são de "abuso de
autoridade baseado na certeza de impunidade" e que tipificam crime de
racismo.
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