Segundo Aleluia, há um total de R$ 774
milhões em restos a pagar do exercício de 2010.
“O corte bilionário feito pelo
governador Jaques Wagner no orçamento estadual é o preço de sua reeleição”,
denuncia o presidente da Fundação Liberdade e Cidadania, José Carlos Aleluia.
O ex-deputado federal questiona por que,
quando assumiu o primeiro mandato em 2007, Wagner não precisou fazer um
contingenciamento desta dimensão, apesar de reclamar de “herança maldita” e
culpar as gestões anteriores por todos os problemas.
Aleluia não tem dúvida que a conta do
ano eleitoral já chegou e é amarga. “Basta dar uma olhada no Relatório de
Gestão Fiscal do 3º Quadrimestre de 2010, publicado no dia 31 de janeiro deste
ano, para constatar o tamanho do problema financeiro do governo. A crise já
está sendo usada pelo secretário estadual de cultura até para justificar a não
liberação de verbas para artistas no Carnaval”, informa.
Segundo Aleluia, há um total de R$ 774
milhões em restos a pagar do exercício de 2010. “O pior é que os recursos em
caixa, em sua grande maioria, estão vinculados a outras obrigações e não podem
ser usados para quitar essas dívidas com fornecedores, empreiteiras e
organizações sociais que prestam serviços ao governo”, observa.
O presidente da Fundação Liberdade e
Cidadania explica que a grita dos credores ainda não começou porque o mandato
está sendo iniciado e a expectativa é de que, com o corte do orçamento, se
resolva a situação. “Há empreiteiro que está no sufoco, atrasando salários de
trabalhadores, porque está há nove meses sem receber do governo”.
O que é difícil de entender, de acordo
com Aleluia, é a criação de três novas secretarias quando o momento é de
aperto. “Por mais que eles insistam que as novas secretarias são
desmembramentos de outras existentes, embora não seja o caso da Secom, não é
oportuna essa medida, até porque sempre há aumento de despesas nessas
operações”.
Para Aleluia, o
governo Wagner não pode sacrificar empresas e entidades que geram empregos e
dinamizam a economia, para beneficiar aliados com cargos no estado. “Para
infelicidade da Bahia, o governador Jaques Wagner prefere praticar o
fisiologismo e quem paga a conta é o povo”.
Fonte: C.N
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