sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Consórcio Nordeste busca soluções para tratar do vazamento de óleo

Em reunião realizada nesta terça-feira (29) pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), na cidade de Recife, em Pernambuco, o Conselho de Administração do Consórcio Nordeste, secretários e dirigentes de meio ambiente dos estados trocaram experiências e buscaram ações efetivas sobre as manchas de óleo que chegam no litoral nordestino desde agosto deste ano, podendo contar ainda com a ciência e tecnologia disponíveis no Brasil.
Dentre as alternativas apresentadas, divulgadas através de nota nesta quarta-feira (30), destaca-se a operação do PNC - Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por óleo. Segundo a publicação, “até o momento não fora totalmente efetivado. Isso só se dará de forma concreta se o Governo Federal se dispuser a uma gestão integrada da crise com total transparência nos dados e ações, inclusive com apoio da marinha brasileira, universidades e demais pesquisadores para a definição de metodologias para identificação da origem do óleo e efetivo monitoramento dos impactos a longo prazo”.
Presente na reunião, o secretário do Meio Ambiente da Bahia, João Carlos, apoiou a iniciativa do Consórcio em tratar o tema tão delicado. "Sabemos da grande proporção que esse incidente ambiental tem chegado e, se não nos unirmos agora para buscar uma saída e nos anteciparmos aos problemas futuros, podemos ter impactos irreversíveis. Vamos seguir conversando e toda ajuda é bem-vinda", avaliou o secretário.
Já para a diretora-geral do Inema, Márcia Telles, entender como os outros estados estão lidando com essa tragédia é importante, principalmente para servir de espelho para as atividades desempenhadas na Bahia. "Podemos aqui presenciar relatos importantes de como outros estados estão atuando para conter o avanço desse óleo em nossas praias. Além disso, as parcerias com instituições tecnológicas, que já estão elaborando estudos para minimizar os impactos negativos em nosso litoral, servirão para ajudar todos envolvidos no Consórcio", disse a diretora.
Nesta reunião, foi criada uma rede técnica-científica multidisciplinar que identifique os pontos e aponte que estudos serão necessários para levar às ações que minimizem ou mitiguem, para a população em geral, os impactos decorrentes do vazamento. 

                                                        Leia a  nota na íntegra.

Manchas de óleo nos convocam à ação: o Brasil não pode esperar mais! O Nordeste vem sofrendo, desde o dia 30 de agosto, com um crime ambiental sem precedentes que não vem, no entendimento dos Dirigentes Estaduais de Meio Ambiente do Nordeste, organizações da sociedade civil, centros de pesquisa e pelo Ministério Publico Federal, sendo combatido e mitigado como deveria pelo Governo Federal e seus órgãos competentes. Infelizmente trata-se da maior tragédia ambiental dos mares em toda a nossa história. Com praias, estuários, manguezais, ribeirinhos e populações profunda e terrivelmente afetados, é urgente que haja mobilização de recursos financeiros, políticos e científicos para a imediata retirada do óleo de nossas praias e para barrar a chegada de novas manchas ao nosso litoral. O que eram “apenas” manchas de petróleo que atingiram a costa da Paraíba, logo se tornaram o maior desastre ambiental da costa brasileira. Até então, nossos Estados já retiraram do mar ou das praias mais de 5 mil toneladas do óleo. Foram atingidos 9 estados, mais de 100 municípios, e quase 300 localidades e pelo menos 14 unidades de conservação numa faixa que se estende por 2.500 Km. Tais áreas constituem ecossistemas de rica biodiversidade e berçários da vida marinha, sendo fonte de renda para mais de 144 mil pescadores artesanais, pequenos comerciantes e importante polo turístico nacional. Para enfrentar tamanha tragédia, o Consórcio Nordeste entende que é preciso colocar em operação o PNC - Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por óleo, que até o momento não fora totalmente efetivado. Isso só se dará de forma concreta se o Governo Federal se dispuser a uma gestão integrada da crise com total transparência nos dados e ações, inclusive com apoio da marinha brasileira, universidades e demais pesquisadores para a definição de metodologias para identificação da origem do óleo e efetivo monitoramento dos impactos a longo prazo. Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste Consórcio Nordeste Papel fundamental nessa arquitetura de combate a tal crime deve ser cumprido pelo CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, que até o momento não se reuniu nem fora convocado. Exige-se, portanto, que o CONAMA se reúna em caráter extraordinário e de urgência, dada a delicada situação do país. A participação de representantes de governos e da sociedade civil é fundamental para o conhecimento e enfrentamento de todos os aspectos da situação. Alertamos, ainda, que é preciso orientar municípios e Estados na destinação adequada dos resíduos coletados para evitar contaminação posterior, inclusive estimulando o reaproveitamento desse óleo na chamada bioeconomia. Da mesma forma, centros de pesquisa científica precisam ser fortalecidos e apoiados a fim de buscarmos soluções e compreendermos o tamanho da tragédia. O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, em acordo com as leis que o conceberam e por ser resultado dos governos e sociedade dos 9 (nove) Estados que o compõem, dedica-se na articulação de todos os esforços de seus entes consorciados, inclusive criando um grupo de trabalho para acompanhamento permanente, troca de informações, ações conjuntas e busca de investimentos para mitigação dessa tragédia.
Secom  - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia

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