quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Produção da agricultura familiar da Bahia ganha reforço com Programa de Cisternas

Com a chegada da chuva, que começa molhar as terras baianas, a produção agrícola do estado ganha reforço com a meta de construção de 6.933 cisternas calçadão e 4.828 barreiros trincheiras, que vão atender a 11.761 famílias, de 161 municípios do semiárido baiano, com tecnologias sociais de captação e armazenamento de água da chuva para produção de dessedentação animal.

A iniciativa é do Governo da Bahia, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em parceria com o do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), no âmbito do Programa Estadual Água para Todos, através o convênio 027/2013.
De acordo com o superintendente da CAR, Jeandro Ribeiro, a previsão é que, até dezembro de 2016, o convênio já tenha sido totalmente executado. “Já entregamos, cerca de, três mil aguadas e, até o fim do ano, vamos executar as demais”.   
Segundo a coordenadora de produção do Água para Todos, Kamilla Santos, a cisterna calçadão é uma tecnologia de captação de água da chuva com a capacidade de armazenar 52 mil litros de água. “Ela possui um calçadão de 200 m² onde a água da chuva cai e escorre para a cisterna”.
Já o barreiro trincheira é utilizado mais para dessedentação de animais de pequeno e médio porte. “Ele é estreito  e profundo, média de 3 a 4 metros para evitar a evapotranspiração. O barreiro acumula, em média, 500 m³ de água. No período chuvoso, o semiárido se renova e as pessoas que ali habitam veem a possibilidade de produzir seu próprio alimento garantindo, assim, a segurança alimentar”.
Articulação
Com o objetivo de definir metas físicas para o ano de 2016, além de discutir a execução financeira e orçamentária e a resolução de pendências associadas aos parceiros e fazer um alinhamento desse convênio, foi realizado, nesta quarta-feira (20), um encontro com gestores do Programa Cisternas, na sede da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Durante o encontro, que contou com representantes da SDR, da CAR, de presidentes de Consórcios Públicos e de Organizações da Sociedade Civil, o superintendente da CAR apresentou o convênio 027/2013. Entre as ações propostas no convênio estão a mobilização das famílias, capacitações, intercâmbio de experiências e construção de tecnologias.
Governo Federal
O governo federal reforçou as ações para que o agricultor familiar do Semiárido possa produzir e criar animais mesmo nos longos períodos de seca. Entre 2011 e 2015, foram entregues 158 mil tecnologias de captação e armazenagem de água para produção - a chamada segunda água.
No ano passado, o governo federal, em parceria com organizações da sociedade, entregou 53,5 mil tecnologias sociais de armazenamento de água da chuva para produção. Com baixo custo e simples implantação e manutenção, as cisternas podem ser do tipo calçadão e de enxurrada, além de barragens subterrâneas e barreiros trincheira, entre outros modelos, com capacidade de no mínimo 52 mil litros de água. 
 Essas tecnologias integram uma série de políticas públicas do governo federal para a promoção da convivência com o Semiárido. Assim, milhares de famílias sertanejas estão melhorando sua capacidade produtiva e ampliando o acesso a alimentos saudáveis, com o apoio do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do seguro Garantia-Safra, do Programa de Sementes, Crédito Pronaf B, Luz para Todos, aposentadoria rural, Bolsa Família, entre outros.
 Além do acesso a água para produzir, o governo federal entregou, desde 2003, mais de 1,2 milhão de cisternas com capacidade para armazenar 16 mil litros de água para o consumo humano - o que representa uma capacidade de armazenamento de quase 20 bilhões de litros de água. Em 2015, foram construídas 125,7 mil novas cisternas. Cada tecnologia foi projetada para suprir necessidades básicas (beber, cozinhar e higiene pessoal) de uma família de até cinco pessoas por oito meses, o período normal de estiagem no Semiárido.
Karoline Meira-Assessoria de Comunicação-Secretaria de Desenvolvimento Rural – SDR-Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional - CAR


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