Pela primeira vez, a
reunião do Comitê Executivo do Programa Pacto pela Vida contou com a
participação de líderes religiosos. Aberto pelo governador Rui Costa, o
encontro, realizado nesta quarta-feira (8), na sede do Ministério Público (MP),
no Centro Administrativo da Bahia (CAB), integra órgãos de segurança pública,
secretarias estaduais, além de instituições como a Defensoria Pública e o
Tribunal de Justiça da Bahia. Estiveram representadas as igrejas batista,
católica, evangélica, presbiteriana, as religiões de matriz africana, espírita
e judaica.
Para o governador, “é
importante a iniciativa de convidar as religiões para que possamos, juntos, nos
envolver e discutir um problema que não é só do
governo, ou dos secretários, ou do Ministério Público, ou da justiça, mas é um
problema da sociedade”. Ele destacou que “todos os líderes da sociedade podem e
devem se envolver e ajudar a superar este quadro difícil da cultura da
violência em nosso estado e nosso País. Queremos replicar isso com outras
lideranças da sociedade”.
Rui também falou da
importância da educação, um dos principais focos da sua gestão. “Não tenho a
intenção de transformar a escola em um instrumento para cooptar as pessoas para
as religiões. O importante é discutir a história do catolicismo, das religiões
protestantes, os valores e princípios dos espíritas. O que pretendemos
proporcionar é conhecimento e reflexão para essa juventude, que deve discutir
filosofia e referências de vida”.
O representante do
segmento espírita, João Neves da Rocha, ressaltou que atualmente o aluno é
muito estimulado na divergência, na disputa, na competição e não na tolerância
e na compreensão da igualdade que todo ser humano traz em si. “Então, é
necessário que a educação ganhe uma nova dimensão, um novo direcionamento”.
André Luiz Nascimento dos
Santos, da Casa de Oxumaré, apresentou sugestões que podem ser aproveitadas
pela proposta do governador Rui Costa. “É muito importante pensarmos políticas
transversais em que se atrele a espiritualidade e ações de Estado. É uma forma
de construir políticas públicas pensando no ser humano em sua totalidade. São
exemplos o ensino da tradição afro-brasileira nas escolas públicas, articular a
trajetória do povo negro na educação. Também é possível colocar os templos
religiosos como articuladores de diversas políticas públicas”.
Fotos: Carol Garcia/GOVBA Secom -
Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
Nenhum comentário:
Postar um comentário