"Ninguém estranha mais quando dois
políticos antagônicos se unem, parece que vale tudo para conquistar o poder e a
partir daí, fincar raízes. A recente união do líder popular Lula com o
ex-prefeito de São Paulo e deputado federal Paulo Maluf, para conquistar o
poder já está nos anais da história nacional como um ato sem ética e sem pudor
já que Lula, num passado recente, classificou Paulo Maluf como símbolo de
corrupção e o Banco Mundial inseriu o nome de Maluf em uma base de dados que
tem 150 nomes de corruptos no mundo, todos procurados pela Interpol. Maluf, em
São Paulo, é hoje aliado do PT.
Escândalos como esse
não se restringem ao cenário nacional. No mundinho dos profissionais da
política daqui
de Serrinha já se vê a dança sem escrúpulos que desconstrói o discurso e a
conduta da ética. Hoje, no processo político, é possível ocorrer qualquer
negócio – moral ou imoral – para ganhar uma eleição e ter poder para executar
orçamentos públicos. O que existe são conveniências e o eleitor não participa
desse processo. Mas no momento em que o eleitor pode participar, deve lembrar
de cada movimento que os políticos fazem.
Há um visível descrédito a respeito do
comportamento dos administradores públicos e da classe política, a insatisfação
com a conduta ética no serviço público é fato. É certo que a crítica que a
sociedade faz ao serviço público está diretamente ligada ao gerenciamento dos
recursos financeiros. A grande maioria das
pessoas não consegue associar corrupção à falta de educação, saúde,
pavimentação, segurança, enfim a tantos serviços essenciais que nos são
oferecidos de modos precários porque os recursos públicos vão para a corrupção.
É lamentável ver que há
tantos homens
e mulheres moralmente inferiores tomando decisões insensatas e fazendo um
jogo perverso na hora de certas alianças que são feitas nas articulações
eleitorais pela conquista do poder. Tudo pelo desejo de participar da gestão de
alguns milhões de reais mensais...
Me sinto muito à vontade para fazer esse
tipo de crítica porque apesar do assédio, em nenhum momento me senti motivada
ou seduzida para fazer certas alianças e ser mais uma nesse quadro deplorável
da política serrinhense. "
Fonte: vereadora Aloísia Carneiro
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