Projetado para receber cinco mil
torcedores, o estádio de Barrocas ainda vai demorar meses para ser inaugurado.
A obra está parada com pouco mais de 30% concluída. Parte do muro de proteção
foi erguido, os vestiários estão em ponto de laje e as fundações das pilastras
de sustentação das arquibancadas estão praticamente concluídas. A tribuna de
honra vai ficar no mesmo local. E a demora impacienta os fãs locais de futebol.
É outra importante obra que teve
a continuidade interrompida pela falta da apresentação da contrapartida
financeira por parte da Prefeitura de Barrocas – o futuro frigorífico enfrenta
problema semelhante. Os recursos são do Ministério dos Esportes, através de
emenda parlamentar do deputado federal ACM Neto.
Outro problema é que o aterro que
vai nivelar o campo, bem como uma parede contenção a redor de todo estádio, que
deverá ser feita de pedra, não estão concluídos. Ou melhor: menos da metade do
material destinado ao aterramento foi colocado e a parede sequer foi iniciada.
A pedra e a areia foram colocados no local há mais de seis meses.
Os recursos estão em conta
específica na Caixa Econômica Federal, à espera da confirmação da obrigação não
atendida da prefeitura. Como não vem recebendo regularmente pela prestação do
serviço, a empresa JR Empreendimentos Ltda resolveu suspendê-lo. No período no
qual trabalhou recebeu apenas cerca de R$ 13 mil. Com isso, cerca de 60
empregos diretos foram fechados.
A Prefeitura realizou duas
licitações para a construção do estádio. A JR Empreendimentos Ltda é
responsável pela parte de alvenaria do estádio. O aterramento ficou com outra
empresa, que sequer iniciou o serviço, que é considerado essencial. Serão
necessárias centenas de caçamba do material especificado na licitação para que
o nivelamento seja concluído.
A paralisação da construção gera
um problema social. Dezenas de pedreiros e ajudantes, além de outros
profissionais, são dispensados, mesmo que temporariamente – espera-se. Assim,
milhares de reais deixam de circular no comércio local.
De acordo com Paulo César Santos
Matos, responsável pela JR Empreendimentos Ltda, a suspensão dos serviços está
relacionada ao não pagamento por parte da prefeitura pelo trabalho já
realizado. “As medições já foram feitas pela fiscalização do município, mas os
recursos não foram repassados”.
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