Durante
a inspeção, os técnicos do TCM avaliaram a qualidade das instalações das
cozinhas, o abastecimento de água, a adequação do quadro de nutricionistas da
rede municipal de educação, a elaboração, disponibilização e cumprimento do
cardápio e o controle dos gêneros alimentícios utilizados na alimentação
escolar.
Entre
as irregularidades, o relatório destacou a quantidade insuficiente de
nutricionistas para atender as escolas (apenas uma), quando o número adequado
seria de nove profissionais no município, considerando a quantidade de alunos –
10.530, sendo 2.353 destes de educação infantil.
A
equipe técnica também constatou a inexistência de controle de qualidade da água
utilizada para o consumo humano e preparo da merenda escolar, além do fato dos
distritos rurais não estarem interligados à rede de distribuição de água do
município, dependendo exclusivamente do fornecimento via carros pipas, e sua
interrupção pode ter como causa possível falha na gestão.
Os
auditores ainda destacaram que a merenda fornecida não segue o cardápio
proposto pela nutricionista; armazenamento de alimentos com data de validade
vencida na dispensa; a não realização frequente do controle de pragas; e que há
ausência de bebedouros em algumas escolas, sendo que em duas destas não há o
fornecimento de água através de rede canalizada, tornando os estudantes
dependentes de garrafas de água armazenadas na geladeira para consumo.
O
Ministério Público de Contas, por meio da procuradora Camila Vasquez, se
manifestou pela procedência dos achados elencados e sugeriu a determinação de
um prazo para a entidade apresentar plano de ação para solucionar o estado
geral encontrado no serviço de alimentação escolar do município.
Cabe
recurso da decisão.
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