O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) é autor de um artigo no jornal “Folha de S.Paulo” nesta quinta-feira em que faz um balanço de sua gestão à frente do maior estado no país e dos desafios encontrados, principalmente o de avançar em meio à pandemia de covid-19, num texto de despedida para o início de sua campanha para concorrer à Presidência da República. Mas o texto perde o sentido quando a quinta-feira amanheceu com a notícia, confirmada por fontes próximas do governo, de que Doria já desistiu de concorrer ao Planalto e deve confirmar a informação nesta tarde.
“Atendo nesta quinta-feira (31) à convocação do meu partido, consagrada pelo voto de todos os filiados, para que o PSDB lidere um projeto de paz social e desenvolvimento sustentável capaz de oferecer emprego e oportunidades a todos os brasileiros”, inicia o artigo de Doria, que continua dizendo que vai cumprir o preceito da desincompatibilização para dar início a campanha. Todos os candidatos que vão concorrer nas eleições de outubro devem deixar o cargo até 2 de abril.
“Por tudo isso, só posso dizer: obrigado, São Paulo! Obrigado aos 46 milhões de habitantes que nos ajudaram a vencer os desafios e a retomar a esperança. Vocês renovaram meu amor à pátria e minha fé em Deus”, disse ainda Doria ao acrescentar que está pronto para “entregar o melhor de mim, para formar uma brilhante equipe de governo e realizar a transformação que todos queremos”.
Nesta manhã, porém, a notícia sobre a desistência do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de concorrer à Presidência surpreendeu até mesmo os aliados mais próximos do tucano.
Um dos tucanos mais próximos de Doria, o tesoureiro nacional do PSDB, César Gontijo, demostrou espanto no início da manhã desta quinta-feira sobre a decisão do governador e disse que não estava sabendo da desistência. “Ainda ontem à noite conversamos e ele estava animado com a campanha. Me perguntou inclusive quanto gastamos para a realização da prévia. Foram cerca de R$ 10,4 milhões”, disse o dirigente nacional do PSDB.
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