quinta-feira, 2 de junho de 2016

Autoridades de Nordestina retornam a Superintendência do Banco do Brasil para solicitar a reabertura da agência local

O prefeito Ito afirmou que vai atender às exigências do BB para a população não ficar sem os serviços do banco e o município reaquecer a economia
A agência do Banco do Brasil de Nordestina, no semiárido baiano, já sofreu seis atentados, entre assaltos e explosões aos caixas eletrônicos, desde de 2010. Por conta desse histórico de ação de bandidos na cidade, a diretoria da instituição resolveu fechar a agência, depois da última investida ocorrida dia 1º de dezembro de 2015, quando uma quadrilha de assaltantes entrou na cidade atirando e depois explodiu o banco.

A partir dessa decisão, a população de Nordestina utiliza os serviços bancários nas cidades vizinhas, principalmente para saques e depósitos, o que afeta a economia local, por conta da baixa circulação de dinheiro. A agência dos Correios, que tem parceria com o BB, já não realiza tais atendimentos e a lotérica da cidade trabalha de forma bastante limitada.
Conhecendo essa realidade e preocupado com a situação, o deputado Alex da Piatã (PSD) esteve na Superintendência Regional do BB, em Salvador, em audiência com o superintendente Sérgio Dourado, acompanhado do prefeito Wilson Araújo (PSD), conhecido por Ito, dos vereadores Marcos da Padaria (PSD), Marcos do Angico (PSD), Vadinho do Mari (PSD) e do presidente da CDL do município, Paulo Jorge.
Segundo Dourado, por ter sido atentado várias vezes em pouco tempo, a agência só poderá ser reaberta caso o município cumpra exigências da instituição, como criação de Conselho de Segurança, viabilizar aumento de efetivo policial, instalar câmeras de vigilância, construção ou aluguel de espaço para instalação dos caixas eletrônicos, que devem funcionar separados da agência, administrados sob gerência de empresa terceirizadas, caso a decisão pela reabertura seja aceita pela Diretoria executiva.
Dourado afirmou que a frequência de assaltos na cidade motivou o fechamento, mas disse que há possibilidade da decisão ser revista. “O pedido de reabertura será encaminhado ao setor competente do banco para avaliação e a mina de diamante com certeza será citada também como justificativa plausível”, concluiu.
Para o presidente da CDL o comércio caiu muito depois do fechamento do banco. “Nosso comércio praticamente parou com a agência fechada, o dinheiro não circula na cidade e ainda mais no momento de crise em que vivemos”, lamentou.
O prefeito Ito afirmou que vai atender às exigências do BB para a população não ficar sem os serviços do banco e o município reaquecer a economia. O deputado Alex da Piatã reforçou o pedido da comitiva de Nordestina. “O município tem boa expectativa de crescimento econômico com a exploração de diamantes da lavra de Braúna, e com isso o banco teria mais um grande motivo pra manter a agência aberta, pois, negócios e investimentos já começam a ser feitos em Nordestina por conta da mina”, ressaltou.
Lavra de Braúna – Depois de oito anos de pesquisa, dezenas de sondagens, mais de 300 metros de perfuração vertical e cerca de R$ 200 milhões em investimentos, a Lapari Mineração, união de duas empresas (uma belga e outra chinesa) vai explorar direto da rocha (primeira experiência da América Latina em kimberlito), o tipo de diamante que figura entre os cinco mais preciosos que existe. A chamada lavra de Braúna vai aumentar em seis vezes a produção brasileira do mineral e terá baixo risco ambiental, pois não precisará construir barragens de rejeitos.
A economia do município será aquecida com a arrecadação, a geração de novos empregos e investimentos em negócios. O aluguel na cidade aumentou em torno de 300%. A estimativa é que o município receba de 350 a 400 mil reais mensais do repasse do FPM – Fundo de Participação dos municípios.
A empresa Lapari que já está fazendo investimentos sociais em Nordestina, pretende ampliar ainda mais essas investidas. Prevê a modernização do hospital municipal, apoio a grupos sociais e culturais, comunidades quilombolas e na educação de jovens. A produção de diamante da Lavra de Braúna será exportada para Israel, Emirados Árabes (Dubai) e Bélgica.
Redação CN e Revista Oportunidade



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