sexta-feira, 22 de abril de 2011

Serrinha: Procissão do Fogaréu mantém tradição e emociona milhares de fiéis


Uma das mais antigas tradições do interior da Bahia na Semana Santa aconteceu na noite de quinta-feira (21), em Serrinha, a Procissão do Fogaréu. Após assistirem ao inicio da encenação da peça Paixão de Cristo, centenas de pessoas saíram da Praça Luiz Nogueira, apesar da chuva fina e clima frio, portando tochas simbolizando a caminhada de Jesus Cristo para ser crucificado e seguiram até o monte da Santa, onde aconteceu a encenação de mais uma parte da peça.
Assim que Serrinha passou a condição de Diocese, o bispo dom Ottorino Assolari, modificou o roteiro urbano, saindo da Praça Luiz Nogueira e seguindo pela BA 411 de acesso a Barrocas, até a colina de Samuel Nogueira onde está fixada a imagem de Senhora Santana. Mais uma vez dom Ottorino cobrou dos fiéis mais religiosidades ao participarem do ato.
Para o bispo, o fogaréu simboliza o acompanhamento a Jesus Cristo ao Jardim das Oliveiras, onde ele se entregou para ser sacrificado e “nasceu como uma atividade religiosa e se uniu ao folclórico. Tenho dito ao povo que os dois aspectos são importantes, mais que não esqueçam o aspecto religioso, pois lembra a captura de Jesus, depois da instituição da eucaristia, ele foi para o alto das oliveiras, onde rezava e, depois da traição de Judas, chegaram os soldados para prender Jesus e depois levado para o julgamento”, falou Dom Assolari.
A procissão, que completou oitenta e um anos, foi introduzida pelo padre Carlos Ribeiro, em 1930, depois de copiá-la de uma usança que havia no Bonfim de Salvador. Durante muitos anos era uma procissão da qual só participavam homens, predominantemente pessoas da zona rural do município. Na década de oitenta, o pároco local permitiu também a presença de mulheres.



Fonte: C.N

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