“A cada 2h uma mulher é morta no nosso país. Isso não é uma questão apenas de segurança, mas de saúde pública”, destacou a Desembargadora Nágila Brito, nesta segunda-feira (8), na live #NãoAceite – Violência psicológica é crime, denuncie!. Ela ainda ressaltou que entre 83 países, o Brasil está em 5º lugar, quando se trata de dados referentes à violência doméstica contra a mulher.
A live #NãoAceite – Violência psicológica é crime, denuncie! aconteceu nesta segunda-feira (8) em homenagem ao Dia Internacional da Mulher e a abertura da 17ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça. O Poder Judiciário da Bahia (PJBA) promoveu o debate on-line por meio da Coordenadoria da Mulher.
Outro dado abordado na oportunidade é o fato de a Bahia ser o terceiro estado no ranking de violência doméstica contra a mulher. “Nós, mulheres, devemos estar preparadas para reconhecer o prelúdio de um feminicídio, o que pode ser uma ameaça ou algum tipo de violência psicológica”, disse a Desembargadora Nágila Brito, que é responsável pela Coordenadoria da Mulher.
De acordo com a Lei Maria da Penha (nº 11.340), a violência psicológica é o modo de agir que cause dano emocional e diminuição da autoestima da mulher, ou que lhe prejudique e perturbe o seu pleno desenvolvimento.
Entre os palestrantes, estava a TransAtivista Jovanna Baby, que contou com propriedade as dificuldades que uma mulher trans enfrenta para encontrar oportunidades, além das violências a que estão submetidas. “O machismo é o guarda-chuva de todos os outros preconceitos contra as mulheres”, destacou.
Andressa Guerrero, Jornalista e Palestrante da live, abordou o tema agressão psicológica, e contou que foi vítima de violência física, patrimonial, moral, sexual e psicológica. “O primeiro tapa que sofri não foi a primeira violência. A mão dele no meu pescoço foi só o fim de algo que ele já tinha começado {com a violência psicológica}”, destacou a Jornalista, que revelou ainda lembrar das agressões sofridas, mesmo depois de anos do término do relacionamento abusivo.
Como palestrantes, a live também contou com as Juízas Jacqueline Campos e Ana Cláudia de Jesus, e o Juiz Mário Caymmi.
Ao
promover debates sobre violência doméstica, o PJBA tem a intenção de contribuir
para disseminação de informações sobre o assunto e mostrar às mulheres que elas
podem quebrar o ciclo e evitar o feminicídio.
Mulher, peça ajuda, você não está sozinha!
Central
de Atendimento à Mulher – Ligue 180
Polícia
Militar – Ligue
190
Defensoria
Pública – Ligue
129
Semana
Justiça Pela Paz em Casa – Promovida pelo Conselho Nacional de
Justiça desde 2015, e adotada por todos os Tribunais, a iniciativa acontece
três vezes ao ano. Sua realização tem o objetivo de ampliar e realizar ações relacionadas
ao combate à violência doméstica e familiar. As semanas ocorrem em março –
marcando o dia das mulheres; em agosto – por ocasião do aniversário de sanção
da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006); e em novembro – quando a
Organização das Nações Unidas estabeleceu o dia 25 como o Dia Internacional
para a Eliminação da Violência contra a Mulher.
O programa também promove ações interdisciplinares organizadas que objetivam dar visibilidade ao assunto e sensibilizar a sociedade para a realidade violenta que as mulheres brasileiras enfrentam.
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