A presidente Dilma Rousseff sancionou
sem vetos a lei que altera a correção das dívidas de Estados e Municípios com a
União. Com a medida, fica aberta a possibilidade de contratação de empréstimos
e ampliação de investimentos para governadores e prefeitos. Aprovada no Senado
no início do mês, a lei permite que as dívidas contraídas antes de 2013 sejam
recalculadas, de maneira retroativa. Segundo a coluna de Mônica Bergamo, da
Folha, prefeitos e governadores temiam que Dilma vetasse o dispositivo da lei,
que provocará perdas para o governo federal. Com a lei, Estados e municípios
beneficiados pela mudança terão abatimento nos pagamentos mensais que fazem à
União. Com a nova lei, o saldo das dívidas será corrigido pela variação do
IPCA, o índice oficial de inflação, mais 4% ao ano, ou pela taxa básica de
juros definida pelo Banco Central, o que for menor. Hoje, os débitos são
corrigidos pelo IGP-DI mais juros de 6% a 9%. Rio Grande do Sul, Alagoas e 180
municípios serão beneficiados com a troca de indexador. De acordo com o
Ministério da Fazenda, o governo federal perderá R$ 59 bilhões com a mudança. A
estimativa é que no próximo ano, a perda de receita para a União seja de R$ 1
bilhão. Governadores e prefeitos devem à União hoje cerca de R$ 500 bilhões. A
mudança no indexador das dívidas era uma reivindicação antiga.
Fonte: BN
Fonte: BN
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