A exemplo da Nutribox, situada no
Shopping Passeo Itaigara, onde a equipe de reportagem comprou um frasco de
M-Drol, com 90 cápsulas, por R$ 180, outro estabelecimento denunciado foi a
loja Companhia do Suplemento, pertencente ao personal trainer Ranieri Carlos
Santana, localizada na Avenida Princesa Isabel, na Barra, onde o produto foi
vendido por R$ 220.
A TARDE entregou os dois frascos de
M-Drol na Superintendência da Polícia Federal (PF) na Bahia, que foram
recebidos pela delegada plantonista Aline Marchesini Pinto, seguindo
orientação do órgão, uma vez que o produto não possui licença da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser comercializado no Brasil.
De acordo com a delegada, a PF deve
aguardar comunicado oficial da Anvisa para, a partir de então, iniciar o
inquérito policial, cujo delegado a ser designado para o caso ainda será
definido. Por meio da assessoria de comunicação, a Anvisa informou que comunicará
a denúncia revelada em A TARDE à Vigilância Sanitária local.
Inauguração - Fotos da
Nutribox, na rede social Facebook, mostram os donos da loja entre policiais e
autoridades da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), como o diretor do
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Arthur Gallas, e o
titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), Nilton Tormes.
Procurado por A TARDE, Nilton Tormes
disse ter ido ao evento social como convidado. “Eu só tenho a lamentar essa
notícia”, disse Tormes, antes de ponderar. “O fato de eu conhecer os
proprietários não quer dizer que eu concorde com qualquer tipo de
irregularidade”, enfatizou, afirmando desconhecer os produtos vendidos na loja.
A TARDE tentou ouvir o delegado Arthur Gallas, que, por meio da assessoria de comunicação da Polícia Civil, preferiu não emitir opinião sobre o caso.
A TARDE tentou ouvir o delegado Arthur Gallas, que, por meio da assessoria de comunicação da Polícia Civil, preferiu não emitir opinião sobre o caso.
Washington Post - No Código da
Agência Mundial Antidoping (Wada), a metasterona (hormônio esteroide
anabolizante encontrado no produto M-Drol) consta na lista internacional de
substâncias proibidas desde 2006.
Cinco anos após a proibição, a
comercialização do M-Drol no site Amazon.com causou repercussão nos Estados
Unidos, em uma matéria publicada pelo jornal The Washington Post, em 19 de
janeiro de 2011.
O texto da repórter Amy Shipley narra a
denúncia feita pelo pesquisador Don Catlin, fundador do Laboratório Analítico
Olímpico da Universidade da Califórnia.
Presidente da organização
não-governamental Pesquisa Antidoping (Anti-Doping Research), Catlin comprou
dez supostos suplementos alimentares, entre eles o M-Drol, analisou e
comprovou: “Contém esteroides ilegais e potencialmente perigosos”.
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