O jovem Railan, que joga pelo Esporte
Clube Bahia, foi destaque no Terra, site
que está entre os 5 maiores portais de notícias do Brasil. O lateral contou sua
historia de vida, e sua importancia na equipe como jogador e mascote nos jogos
profissionais.
A roupa e o apelido de Super Homem caem
bem em Railan. Quando está de chuteiras, calção e camisa, ele é o lateral
direito dos juniores do Bahia, eliminado da Copa São Paulo pelo Fluminense, no
último domingo. Nos jogos dos profissionais,
ele também marca presença. De calça e blusa azuis e capa vermelha às costas. É
isso mesmo. Railan é o mascote do Bahia.
Aos 17 anos e dono de dois gols em
quatro jogos na Copa São Paulo, o lateral baiano se orgulha mesmo é de outro feito:
ter impedido a mãe de suicídio, em 2010. “Eu estava no Atlético-MG, mas ela
estava em crise. Ela teve um bebê de 7 kg, que nasceu assim porque passou de 9
meses. Ela não podia andar, não podia fazer nada. Ficou entre a vida e a morte,
entrou em depressão e queria se matar. O bebê nasceu morto”, conta Railan,
nascido na baiana Araci e cheio de grandes histórias.
O atleta deixou Minas Gerais, voltou à
Bahia e decidiu que largaria o futebol para cuidar da mãe. “Eu sou o homem da
casa e tenho duas irmãs pequenas. Quando ela fica em crise, ninguém fica em
casa. Só eu. Ela é mais chegada comigo. Ela bebia muito, mas agora, graças a
Deus, não bebe mais. Está sossegada, está em São Paulo”. No Estádio Nicolau
Alayon, onde os baianos jogaram os quatro jogos pela competição, ela foi
presença frequente.
A sensação de ser o Super Homem e os
tempos de esmola
Os obstáculos da vida devem ter feito
Railan aprender
a curtir ainda mais os momentos de alegria. Por isso, quando se veste de Super
Homem e pisa no gramado do Pituaçu, ele extravasa.
“Ah, eu faço várias coisas. O mascote
precisa fazer a alegria do torcedor e é isso que eu faço”, descreve. O lateral,
um dos mais promissores nomes dos juniores junto a Paulinho e Filipe, aceitou o
pedido espontaneamente.
“Foram até a base em 2010 porque
precisavam de um mascote. Antes, era uma roupa de plástico, mas eu estava uma
vez na Bamor (torcida organizada)
e ela estragou. Agora compraram outra e estou nessa até hoje”, confirma Railan.
A função o deixa radiante: “fazer esse personagem me deixa muito feliz. E ainda
jogo no Bahia. Eu sempre fui torcedor do Bahia. E se o Joel Santana precisar
também, estou às ordens”.
Chegar até aqui ainda
não é tanta coisa assim, mas Railan já pode se dizer um vitorioso. “Se eu
contar, você não acredita. Meu pai trabalha
na Vale (do Rio Doce), mas não dá um real. Eu já pedi esmola e já peguei
latinha”, diz, sorridente, embaixo da chuva, enquanto posa para foto ao Terra no
gramado do Nicolau Alayon. O camisa 13 do Bahia é mesmo um Super Homem.
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