A presidente Dilma Rousseff passou os
últimos dias discutindo formas de tornar mais ágeis as principais obras de
infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Nordeste, que
estão com canteiros paralisados. O Planalto teme que os projetos de
transposição do Rio São Francisco e das ferrovias Transnordestina e
Leste-Oeste, promessas de campanha em 2010, não sejam concluídos no atual
governo.
Uma série de pedidos de aditivos
contratuais por parte das construtoras, dificuldades de licenciamento ambiental
e falta de empenho de parceiros estratégicos, como governadores e prefeitos,
estão sendo analisados pelo governo. Os prejuízos podem ser percebidos bem
antes de 2014, avaliam auxiliares da presidente. Até agora, em quase sete meses
no poder, ela não conseguiu aproveitar a máquina de viagens para o sertão que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixou azeitada.
Como presidente, Dilma não fez visitas
às cidades nordestinas que recebem as grandes obras. Ela esteve na região cinco
vezes, para festas e solenidades fechadas. A única visita a uma cidade
sertaneja ocorreu em fevereiro. A presidente esteve em Irecê, no semiárido
baiano, para visitar uma feira de produtores rurais e participar de um evento
em homenagem às mulheres.
Os marqueteiros do Planalto estão
assustados. Observam que, até agora, a presidente se sustentou com a versão de
que não vai para os grotões porque não gosta de palanque. Os resultados das
obras, neste caso, são negativos. Na sexta-feira, Dilma teve longa conversa com
a ministra do Planejamento, Mirian Belchior, para discutir as pressões dos
empreiteiros que tocam as obras no São Francisco.
O jornal Valor Econômico divulgou que a
"enxurrada" de pedidos de aditivos dos empresários, apenas nesta
obra, chega a R$700 milhões.
Fonte: site Acm Neto
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