A loja Afrocolab acaba de ser instalada no Shopping
Paralela, em Salvador. O espaço colaborativo e itinerante, conta com 51 marcas
de empreendedores negros e indígenas da capital, de Cachoeira, de Santo Amaro,
de Ituberá e de Alagoinhas. Criada a partir de um edital de chamamento
público do Governo do Estado, através da Secretaria de Promoção da Igualdade
Racial (Sepromi), a Afrocolab é resultado de parceria do órgão estadual com
shoppings de toda a Bahia.
Obras de arte, bordados, roupas femininas e masculinas, bolsas, acessórios e perfumes produzidos, principalmente, por mulheres negras e indígenas são vendidos na Afrocolab. Até o final deste ano, uma loja virtual também vai hospedar trabalhos de empreendedores de toda a Bahia. Há 12 anos produzindo na marca Candaces, em Salvador, Ana Cristina Neves colhe os frutos da iniciativa desde quando foi aberta a primeira loja pelo governo baiano, em 2023.
“É muito difícil conseguir arcar com os custos de
um espaço no shopping, como microempreendedor não temos condições, e para a
minha marca foi um divisor de águas. As vendas e a visibilidade deram um salto.
É muito gratificante”, compartilhou. Hoje a Candaces comercializa roupas
femininas e masculinas, com estamparia afro, em Salvador e em São Paulo.
Secretária de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães detalhou que a abertura da nova loja marca um momento de expansão do projeto, com lançamento também de uma plataforma de cursos no site da Sepromi.
“No Shopping Paralela vamos funcionar por seis
meses. Junto com a abertura da nova loja, lançamos a Escola Virtual do
Empreendedorismo Negro, que é uma plataforma de cursos 100% online e gratuita,
porque entendemos que o conhecimento é uma ferramenta essencial para o
aprimoramento desses pequenos negócios”, ressaltou Ângela.
De Pelotas, no Rio Grande do Sul, Viviane Rodrigues foi conhecer a loja do Shopping Paralela e expressou a busca pessoal por trabalhos confeccionados por pessoas negras. “Soube pela TV e imediatamente me interessei pela loja, porque eu tenho essa perspectiva, de valorização do empreendedorismo negro, da beleza, do ponto de vista cultural e étnico”, comentou.
A Loja Afrocolab também já funcionou como estação
de trabalho para trancistas e maquiadores, além de ser ainda um espaço para
lançamento de livros e apresentação de novos autores da literatura baiana.
Repórter: Milena Fahel/GOVBA
Foto: Matheus Landim/GOVBASecom - Secretaria de Comunicação Social - Governo da Bahia
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