Integrantes do Movimento Sem Teto (MST),
pertencentes ao Quilombo Lucas da Feira, em Feira de Santana, fecharam as duas
vias da BR-116 Norte, nas imediações da Universidade Estadual de Feira de
Santana (UEFS), durante protestos na manhã desta segunda-feira (5).
O grupo iniciou a manifestação por volta
das 7h, queimando sofás, colchões e pneus próximo à antiga fábrica
da Alimba, onde estão assentadas 87 famílias desde o dia 23 de abril deste ano.
O objetivo é pressionar o governo municipal a adiantar o processo de
desapropriação da área. Por conta do protesto, que durou duas horas, o
congestionamento na via chegou a 3 km.
Durante a manifestação, houve um momento
de tensão, quando um policial civil, não identificado, desceu um veículo Fiat
Pailo prata com uma arma em punho e ameaçou atirar contra os manifestantes,
caso não o deixasse passar. O policial chegou a descer com o carro até o
bloqueio, mas foi contido por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF-BA),
que o fez retornar e aguardar o fim do protesto.
De acordo com Joquielson Batista,
coordenador da ocupação, a Secretaria de Desenvolvimento
Urbano do Estado (Sedur) fez uma visita técnica ao terreno e se comprometeu a
construir habitações por meio da Conder, mas necessita antes que a
prefeitura providencie a desapropriação.
"Pedimos serviços
essenciais, como coleta de lixo, vigilância sanitária e escola para as mais de
300 crianças. Até agora, só conseguimos a coleta de lixo", disse Batista.
Ainda conforme o coordenador, a última
reunião com a prefeitura aconteceu em maio. Outra deveria ser marcada após
30 dias, mas foi cancelada sem novo agendamento. Batista explica que os
proprietários do terreno
já foram notificados através de edital, mas não responderam.
O secretário municipal de Habitação,
Gilberto Ruy, esteve no local e afirmou que uma nova reunião com a prefeitura
deverá acontecer na próxima quinta (8) ou sexta-feira (9).
Através de sua assessoria de
comunicação, a Prefeitura Municipal de Feira de Santana explicou que o edital
foi publicado no dia 10 de agosto e que já foi iniciada a negociação para
desapropriação do terreno. Sobre os serviços essenciais, a administração do
município explicou que todas as demandas foram repassadas às secretarias
responsáveis e que os problemas devem ser resolvidos "o mais breve
possível".
Fonte: Atardeonline.com
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