Na abertura do encontro, o presidente do TCM-SP, João Antonio da Silva Filho, destacou a atuação da entidade nessas três décadas. “Reafirmamos o nosso compromisso com o papel do controle externo, com a democracia em nosso país e com o fortalecimento da Atricon, que cumpre papel de integração e uniformização dos Tribunais de Contas do Brasil no sentido de aprimorar a fiscalização e garantir a boa aplicação dos recursos públicos”.
Já o presidente do TCE-SP, Dimas Ramalho, ressaltou as contribuições da entidade para o Sistema Tribunais de Contas. “Com muito orgulho estamos comemorando os 30 anos da Atricon, que defende o sistema de contas do Brasil e que tem como norte a defesa das instituições democráticas, do controle externo, da nossa Constituição Federal, do equilíbrio entre os poderes e sobretudo, da lei.”
O presidente da Atricon, Cezar Miola, destacou as ações e os projetos desenvolvidos pela entidade em colaboração com os TCs e a atuação dialógica da entidade e reafirmou que “a democracia é sempre uma tarefa a ser realizada. É obra inacabada, que se constrói a partir do enfrentamento das inquietações próprias de cada tempo. Mas cujos alicerces postos pela ordem constitucional não admitem um caminho que implique retrocessos. A Atricon, nestes 30 anos, para além de ratificar a sua missão e valores institucionais, reafirma o seu compromisso preliminar e inegociável com a democracia”, disse.
Política pública da educação
O professor, escritor e advogado Gabriel Chalita pontuou que a educação é um tema fundamental para a democracia. “É a política pública mais importante para a construção das demais. E se já havia um fosso, uma desigualdade imensa entre as crianças que conseguem ter acesso a uma boa escola e as que não têm essas mesmas condições, a pandemia ampliou esse problema”, disse. Chalita afirmou que não há programas nacionais voltados para secretarias municipais e estaduais para proporcionar aos profissionais da educação base para que possam ajudar as crianças e jovens a recuperar o aprendizado que foi afetado nesses dois anos de pandemia.
Democracia e controle
Para a professora de Direito Administrativo da PUC-SP, Márcia Pelegrini, os Tribunais de Contas estão passando por um acelerado processo de aperfeiçoamento, principalmente por meio da atuação preventiva, concomitante e pedagógica. “Há um movimento dialógico de aproximação com os gestores públicos. A evolução dos órgãos de controle é um pano de fundo para a manutenção do Estado democrático de Direito. O controle é necessário e indispensável para a democracia”, concluiu.
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