Por volta das 10h desta sexta-feira, 11,
enquanto a APLB/Sindicato núcleo Monte Santo realizava ato publico pelo centro
da cidade, foram notificados por um oficial de justiça que chegou com um
mandado de desocupação da prefeitura onde estavam acampados a cerca de 10 dias
pedindo a desocupação imediatamente do prédio. Nesse momento a representante
legal da APLB núcleo Monte Santo e líder Alexandra assinou a notificação e
conduziu a desocupação de forma pacifica sem apresentar resistência, “somos
educadores e não baderneiros e não estamos aqui para problematizar.
A saída
pacifica surpreendeu algumas pessoas que torciam por um confronto entre
professores e policia civil, deixando esses vermes desapontados e cabisbaixos”,
disse a líder.
Os professores dirigiram-se para o
memorial do grande personagem da guerra de Canudos Antonio Conselheiro e a
partir daquele momento foi dada continuidade ao ato público com vários
professores fazendo o uso da palavra em um trio elétrico para explicar a
população o real motivo da greve. “Não queremos apenas reajuste salarial e sim
uma educação de qualidade.Não somos mercenários e sim professores”, frase
repetida pelo educadores no ato.
A líder da APLB deixou bem claro que mesmo
com a desocupação a greve ainda não foi julgada.
O professor Cosme em um breve discurso
pediu para os colegas professores que não retornem para a sala de aula deixando
bem claro que essa atitude do prefeito deixou o movimento mais forte, sólidos e
encorajados para buscarmos os nossos direitos.
O diretor e professor Joselito Andrade
fez questão de lembrar que colegas diretores estavam de forma vergonhosa
pressionando professores para retornarem á sala de aula e isso era coisa do
passado: escravidão, ditadura e coronelismo.
Durante os discursos algumas alunas
relataram que estavam sofrendo ameaças de determinados professores para
retornarem á sala de aula, pois se isso não acontecesse aqueles alunos que
apoiaram o movimento grevista iriam serem reprovadas no ano letivo fato que
causou bastante indignação em todos os presentes.
Em breve discurso o advogado da
instituição Tarcísio, relatou ao público presente esclarecimentos acerca da
ordem judicial da desapropriação do prédio da Prefeitura Municipal, do direito
de greve e que no despacho judicial considerou que o movimento grevista é
legal.
Com isso os
professores ficaram eufóricos e comemoraram mais uma derrota do gestor diante
do movimento grevista e decidiram continuarem acampados na Praça Monsenhor
Berenguer dando continuidade ao movimento grevista, até que o gestor venha
negociar com a classe que já adiantou que não adianta o Prefeito ir para rádios
e palanques dizer que vai dar reajuste ou pagar rateio. “Ele precisa é sentar
com a classe e negociar todas as nossas reivindicações caso contrario a greve
continua”, disse o professor e assessor de comunicação do movimento grevista
Maciel Andrade.
Fonte: CN
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